quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Descompromisso

Eu sempre busquei uma relação pra vida toda. Uma guria que pudesse me preencher a ponto de eu não precisar de mais ninguém. Mesmo quando eu me metia com garotas que não tinham nada a ver comigo, aquelas que você olha e pensa: "Tou fazendo o quê aqui?"
Mesmo com essas garotas eu buscava.
Queria um namoro sério, queria o compromisso, apostar que seria eterno. Eu queria constituir um patrimônio emocional, começar a montar minha família. Queria uma esposa.

Também não sei porque um moleque como eu, entre 18 e 25 anos buscava uma coisa absurda dessas! Mas eu buscava. Buscava tanto que acabei morando três anos e meio com uma guria, logo depois de cancelar - com outra garota - um casamento a três meses de acontecer!

Está aí a máxima que não me deixa mentir: "Quem procura acha!" e depois disso satisfiz minha sanha.

Na relação seguinte eu não queria nada. Estava na onda da farra, da solteirice recém conquistada, do descompromisso, na onda da putaria!
Pela primeira vez na vida eu não tinha expectativas, não tinha cobranças... só a doce e leve paixão. Sem torcida pra relação durar a vida toda, sem ansiedade pra dizer ou ouvir "eu te amo", sem brincar de escolher o nome do filho.

Só havia a leveza de jantares animados, noitadas de sexo e prosecco, sessões de cinema nas quartas, beijos molhados de quinze minutos, compras em shoppings nos domingos, DVDs aos sábados, shows de rock regados à álcool e drogas, presentes sem data marcada...

Aprendi a ser leve. Aprendi tão bem que estou nessa onda há dois anos. Com a mesma pessoa!

Um comentário:

JAIRCLOPES disse...

Thi, você continua expondo a saga de tua vida sentimental e do amadurecimento emocional com grande competência. De quebra, ainda nos brinda com textos interessantes que, se reunidos, darão um ótimo livro auto biográfico.