quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A mulher quando quer, ninguém segura.

Ela ligou e eu atendi. Era a Jane, colega de classe da minha irmã.
Coisa de umas semanas antes eu tinha ouvido falar dela pela primeira vez. A guria tinha me visto zanzando pela escola num dia qualquer em que eu não tinha nada melhor pra fazer e tinha ido lá falar oi pra uns amigos. Disseram que ela me viu e ficou interessada.

Já passava das oito da noite e, como minha irmã não estava em casa começamos a conversar.
Jane parecia ser bastante interessante, era inteligente, falava bem, tinha bom humor e um sotaque paulistano forte.
Sempre achei muito sexy meninas com sotaque paulistano, aquele jeitinho de entortar o "n", o "r" tremido... marcamos um encontro aquela noite mesmo.
Quando nos encontramos vi que a guria não era tão sexy quanto parecia ao telefone mas, como ainda assim era bastante inteligente, falava bem, tinha bom humor e um sotaque paulistano forte, gostei dela e acabamos ficando amigos.

Ela começou a fazer os trabalhos de escola com minha irmã, frequentava minha casa, fez amizade com meus pais, nos convidava a passar fins de semana em sua casa à beira da represa.
A guria me passava cantadas desconcertantes, inflava meu ego, mandava caixas de trufas de presente, escrevia bilhetes picantes nos meus cadernos de rascunho e, um dia, mandou entregarem um buquê gigantesco de lírios.
A maior surpresa, porém, ainda estava por vir.

Numa tarde, quando eu ia pro curso de francês, encontrei com Jane e uma multidão de seus colegas de classe. Fui abraçá-la como sempre fazia e, de repente, a guria enlaçou meu pescoço com os braços e roubou-me um belo dum beijo.
A multidão começou a aplaudir e como o constrangimento já estava pago e o beijo, no fim das contas, foi muito bom, agarrei-a e retribuí.
Nas semanas que seguiram, tivemos um caso recheado de trufas, buquês, ótimos beijos, finais de semana na rede à beira da represa e bate-papos divertidíssimos.

O dia em que acabou foi tão constrangedor quanto o dia em que começou. Mas isso é história pra outro post.

Nenhum comentário: