Humilhação. Vergonha. Medo. Incerteza. Indecisão.
Por algum motivo que eu ainda desconheço, não posso ver alguma coisa dando certo, fluindo bem, sem qualquer entrevero que vou lá, meto minha mão esquerda e provoco o caos.
Depois fico pelos cantos amuado que nem um adolescente idiota, sem saber o que fazer, sentindo essa ridícula auto-piedade.
Confrontar minha fraqueza é terrível. Perceber que eu sou só humano é algo que sempre me destruiu por dentro. Eu e meus sonhos de grandeza, minha megalomania, minha certeza de conhecimento absoluto dos mecanismos do mundo, do minha imensa e infalível inteligência emocional, não aguentamos esses baques. Essas confrontações de realidade nua e crua.
Sou orgulhoso, não gosto de me expor de verdade. Não meu lado feio, necrosado, dúbio e vil.
Aquilo que eu sou quando ninguém está vendo é tão negro, tão feio, tão podre que não deveria ser mostrado. É exclusividade minha.
É que nem aquela unha que encrava, inflama, cria pus, fica preta e causa ânsia de vômito nas pessoas, se você tirar o sapato em público.
Às vezes essa unha dói tanto, mas tanto que eu preciso tirar os sapatos pra dar uma aliviada. Mas depois que eu tiro e as pessoas vomitam a sujeira acaba sendo bem maior.
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