sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Escola de Canalhas - parte 1


Eu ainda gostava dela. Ainda admirava sua personalidade, ainda adorava nossos momentos juntos, nosso jantares, ainda curtia a forma como fazíamos sexo e ainda queria a companhia dela o tempo todo.
Mas alguma coisa tinha mudado, alguma coisa lamentavelmente tinha morrido e eu começava a olhar pra fora do âmbito daquela relação. Começava a querer realizar outras coisas, conhecer outras pessoas, começava a desejar outros corpos na minha cama.

Então, antes que acabasse estragando tudo, antes que meu ímpeto canalha me fizesse conspurcar aquela relação tão íntegra e bacana, sentei com ela e fui honesto. Disse que queria terminar.
Ela chorou, disse que me amava e retrucou alguns de meus argumentos de forma tão inteligente que fez com que eu me sentisse um crianção babaca e egoísta.
Todo mundo sabe que um homem perde todas as forças diante de uma mulher chorando e ela também sabia disso.

Eu não terminei.

Voltei atrás na minha decisão, me apaixonei de novo ao longo daquela conversa e terminamos a noite na cama. Mas quando acordei no dia seguinte, comecei a repassar na cabeça o que tinha me levado a começar a conversa da noite anterior, o que tinha me impelido a terminar e como eu tinha sido habilmente demovido da minha decisão e me senti um pouco usado. Enganado, até. E decidi que continuaria com ela não importando o que houvesse. E que, pelo bem ou pelo mal, ficaria naquela relação até que ela mesma decidisse terminar.

Então, quando minha carência falou mais alto, quando voltei a sentir desejo por outras pessoas, simplesmente não me contive e deixei rolar.
Na minha cabeça e naquela época, parecia justo. Eu tinha tentado ser honesto. Eu tinha buscado fazer a coisa certa, mas as chantagens emocionais da guria tinham bloqueado minha intenção. E como todo canalha é um canalha porque antes de tudo é um fraco, dei vez e voz à minha fraqueza e fui realizar aquilo a que meus ímpetos me compeliam.

Traí a menina. Várias vezes. Até tudo finalmente acabar.



Um comentário:

Anônimo disse...

Eu depois de muito tempo descolei um guri, e fui tão vadia durante anos que consigo ser honesta com ele e comigo e não trair.
Então a relação de morar juntos e estar juntos foi se machucando, gerando brigas idiotas, e a diferença é que my boy não tem dó de mulher choramingando, tem pavor, odeia ver isso da mesma forma que odeia fazer-as chorar.
Isso me fortalece e me da forças para não ser a patetica e chorona.
Então eu perdi o emprego, foi o suficiente para não morarmos mais juntos pois ele não iria aguentar 24h comigo pois eu iria acabar trabalhando com ele. E nossos momentos de diversão virariam momentos de qualquer dia.
Demos um tempo, fui morar na casa da minha amiga, e um dia usei todas as drogas possiveis até ele me ligar chamando para ir a outra festa, fui pois queria tomar doce com ele, e aquele momento de sexo, acompanhado de frases bacanas, que a mais escrotas das mulheres também acha legal ouvir as vezes, foi tão legal que me fez mais vezes querer ficar afastada dele para ter um momento de ácido. Seja ele com um ácido de verdade ou apenas um momento foda.

Não moramos mais juntos e não temos planos para isso, pois eu quero sentir saudades, eu quero sentir ciúmes eu quero desejar a noite estar com ele, pois quando eu tiver ao seu lado vai ser foda.
E o plano dele é que eu seja foda e mais organizada e consiga planejar minha vida, e que eu tenha sonhos e realise eles.

Parece estranho, mas hoje acho a coisa mais sensata!