E chega um momento em que a mania dela de falar alto deixa de ser uma idiossincrasia charmosa.
As preferências musicais irritam. A mania de jogar a perna em cima do seu corpo quando dorme te tira o sono. Os cuidados que ela dispensa quando você está gripado te fazem sentir-se oprimido. Os lugares que ela prefere frequentar te entendiam e o tempero que ela usa no arroz te faz perder a fome.
Chega um dia e de repente você não gosta mais daquela pintinha do lado do lábio inferior. O perfume dela não te excita mais. A mão dela, suando agarrada à sua, incomoda. O cabelo dela parece demodé.
Chega uma hora em acaba a novidade. Acaba o fulgor. Cessa a paixão.
De repente a intimidade fica chata e te constrange ter alguém que saiba tanto a seu respeito.
De repente ficar até mais tarde no trabalho torna-se um passa-tempo. De repente o espaço parece sufocante.
Chega um momento em que tudo acaba.
5 comentários:
Não fosse o tema tão comum, apesar de pouco discutido, diria que o post foi escrito pra mim! :)
Sim, pois foi uma descrição fiel do meu noivado. Mais fiel do que eu próprio teria escrito!
Acho que isso é tão comum acontecer. A chamada rotina e o enjoo das pessoas nos dá as vezes inté medo de nos relacionar... hahaha
Beijos, papi.
bem 500 dias com ela, haha, no começo era tudo lindo, depois a manchinha dela em forma de coração virou batata, os dentes errados e por aí vai.
e é nesse momento que temos que seguir adiante, e enverdarmos por novos caminhos...
A vida seria muito chata sem a efemeridade de tudo! A rotina cansa, não?
Abs! Robson.
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