terça-feira, 17 de maio de 2011

Amor

O que nas outras causava medo, nela causa admiração.
O que pras outras era defeito, pra ela é charme.
O que fazia com que as outras se afastassem, pra ela agrega mistério.
O que pras outras era excessivo, pra ela é fetiche.
O que pras outras era claustrofóbico, pra ela é libertação.

E pela primeira vez não é preciso fazer teatro, não é preciso ser comedido, não é necessário contenção. Pela primeira vez os ímpetos podem vir a tona, as palavras podem ser ditas e os nomes podem ser dados.
Pela primeira vez as feras podem ser soltas.

Pela primeira vez não é preciso mentir.
A alma está leve, as coisas estão em seus lugares e os ímpetos satisfeitos.

Não há nada nela que eu queira mudar. Ela está satisfeita com o que tem.
E eu acho que isso é a resposta pra aquilo a que chamam de "amor".

2 comentários:

Vitória Dias disse...

Interessante, você não mede muito as palavras e escancara as coisas... é interessante as vezes ver as coisas por diferentes pontos, por diferentes textos, por diferentes níveis de sensibilidade.

Anônimo disse...

E toda canalhice dele pra mim são risos...Amo do jeito maluco que ele é....Nunca imaginei isso pra mim...se apaixonar por ele não foi uma opção.